sábado, 26 de fevereiro de 2011

Roma Antiga - Monarquia

História dos reis de Roma é cercada de lendas

Situada entre sete colinas, Roma teria tido também sete reis que reinaram 245 anos, isto é, sete vezes sete lustros (um lustro é um período de cinco anos). Na realidade, esse número é muito provavelmente uma ficção mitológica e, se alguns desses reis de fato existiram, as vidas que lhes são atribuídas pelos historiadores antigos têm caráter inequivocamente fantástico. De qualquer modo, a tradição apresenta a seguinte seqüência cronológica:
Fundação de Roma
753 a.C.
Rômulo - primeiro rei
753-715 a.C
Numa Pompílio
715-673 a.C
Tulo Hostílio
673-642 a.C.
Anco Márcio
642-617 a.C.
Tarqüinio Prisco, ou o Antigo
616-579 a.C.
Sérvio Túlio
578-535 a.C.
Tarquínio, o Soberto
534-510 a.C.

No entanto, com os reis etruscos (os três últimos do quadro), a lenda parece dar progressivamente lugar à história. Os historiadores concordam que ao fim do século 7 a.C. Roma era dirigida por monarcas de origem etrusca (os Tarquínios) e que um rei dessa dinastia foi expulso de Roma no final do século 6. Entre os dois Tarquínios, reinou Sérvio Túlio, que seria um latino, embora aliado de etruscos rivais da família de Tarquínio Prisco.

Tirania


Os primeiros reis de Roma eram eleitos pelo Senado, o conselho dos anciãos, formado pelos grandes proprietários de terra. Os reis etruscos, ao contrário, tomaram o poder à força, com o apoio dos plebeus (pequenos proprietários, comerciantes, artesãos e estrangeiros). O poder de um único homem, que contava com a sustentação do povo, mais do que a da aristocracia, recebeu em grego o nome de "tirania". Por isso, o último Tarqüíno recebeu o nome de Soberbo, isto é, o Orgulhoso, que equivalia em grego a "tirano".
Para contar com os plebeus, os reis etruscos multiplicaram as guerras de conquista, que resultavam em grandes saques, e as grandes obras (financiadas pelos butins de guerra), que davam trabalho aos artesãos. Eles também aumentaram o número de senadores, para levar ao Senado outras famílias além dos tradicionais patrícios.

A República


A deposição de Tarquínio, o Soberbo, em 509 a.C., e o fim da monarquia foi uma reação da aristocracia. Na República então implantada o monopólio do poder voltou aos patrícios, deixando os plebeus à margem. Contudo, os plebeus não se acomodaram e, ao longo de séculos, promoveram manifestações e reivindicações, de forma que a República romana, em seu apogeu e declínio, chegou a se aproximar da democracia ateniense, em que o poder se dividia entre o Senado, os magistrados e as assembléias.
Vale à pena mencionar que a derrubada da monarquia gerou uma aversão ao regime monárquico que se estendeu de 509 a.C. até o início do Império, cerca de meio século antes de Cristo. Em 44 a.C., Marco Antônio ofereceu a coroa de rei a Júlio César, que a recusou. Em 47 a.C, Otávio Augusto se tornou o primeiro imperador. Contudo, ele procurou manter um governo aparentemente republicano.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/historia

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